Osteopatia

É reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, a total autonomia, independência para com os atos praticados pelos Osteopatas / Médicos Osteopatas.

Osteopatia

Pertencente ao grupo das Profissões Paramédicas, ma Profissão baseada numa Filosofia própria com a aplicação de técnicas científicas e capacidades intelectuais, práticas únicas e diferentes, das outras áreas do conhecimento, assim, ajudará na sua intervenção terapêutica e ao Paciente a compreender um “Conjunto de Cuidados de Saúde Osteopáticos” apropriados e distintos à Pessoa a nível particular e individual, para chegar ao melhor Estado de Saúde do paciente.

Caracterização Geral

É um sistema autónomo e independente de diagnóstico e tratamento que promove a minimização ou resolução isto é, o alivio da dor e a cura dos problemas estruturais e funcionais do ser humano incluindo o estado mental e emocional do Paciente de forma a que se chegue ao ponto ideal do estado de Saúde e Bem Estar. Não visa somente tratar doenças e sintomas específicos, não há um único tratamento específico para uma determinada situação específica. A Osteopatia é distinta em termos de cuidados, de educação, promoção e capacitação da Saúde; de tratamento e prevenção de Doenças, assim, os métodos de tratamento caracterizam-se por respeitar e estar em sintonia harmoniosa com os aspetos biológicos da pessoa, como indivíduo, levando em consideração a organização e constituição do organismo, e a sua correlação com o meio ambiente.

A Osteopatia dá maior realce à integridade estrutural e funcional, com especial relevância ao sistema neuro-músculo-esquelético, sempre ponderando nas inter-relações da mobilidade e motilidade do e no organismo, está assente numa filosofia própria. Reconhece que muitos dos quadros dolorosos e disfuncionais derivam de anormalidades da organização e função estrutural do corpo e também de doenças ou descompensações causadas por processos patológicos tais como degenerativos, inflamatórios ou infeciosos. A Osteopatia reconhece a necessidade de investigação dos sintomas quando indicado e utiliza muitos métodos clínicos de diagnóstico, que também são usados na medicina convencional incluindo o recurso a meios complementares de diagnóstico, nomeadamente imagiológicos.

O tratamento começa por uma avaliação a partir das queixas e do historial do Paciente e de uma anamnese e exame físico. Este inclui a observação da postura em situações estáticas e dinâmicas, actividades funcionais como a marcha, entre outras situações são testadas constantemente as áreas de disfunção com as mãos do operador, são usados testes de mobilidade, tensão, resistência, dor, temperatura ou textura de pontos fulcrais, também se dá atenção à simetria, aos contornos, à facilidade para as várias partes funcionarem ativamente e em sintonia, também pode usar-se a mobilização e palpação das articulações e zonas afetadas. A sua ênfase está também na forma, organização e integração, isto é, em como o Paciente é avaliado em termos mecânicos, funcionais e posturais e os métodos de tratamento manuais são, também, aplicados para servir a especificidade da pessoa. É dada especial atenção à vida do indivíduo na sua casa, trabalho e todas as situações em que intervenham fatores que possam afetar a sua Saúde e o equilíbrio homeostático.

Em Osteopatia não se olha para o Doente como alguém com uma “moléstia” ou desordem, mas sim, alguém sobre o qual se tem que identificar as várias influências (incluindo as doenças) e este, tem que chegar ao melhor estado de Saúde possível. Assim identificam-se fatores intrínsecos e extrínsecos de forma a manter, melhorar e restaurar a Saúde e Qualidade de Vida do paciente. Isto implica a consideração mais ampla de fatores, identificando-os e resolvendo-os, em consonância e colaboração estreita com o Paciente, visto como indivíduo usando razão crítica, conhecimento aplicado, sempre tentando que o Paciente compreenda e implemente medidas, para que tome responsabilidade, na sua recuperação e melhorar a sua Saúde.

A consulta é redirecionada para cada paciente, dependendo de sua idade e morfologia, a osteopatia contribui para a gestante durante a gravidez, para os bebés, as crianças, os adultos, os idosos e os atletas, profissionais ou amadores. A sua segurança, prevenção e o seu efeito curativo, no entanto, têm limitações e a osteopatia não pretende curar tudo. Não se propõe a tratar patologias como cânceres, fraturas degenerativas, patologias genéticas, infecciosas, mentais ou ortopédicas No caso, da sua condição ser pouco provável de responder ao tratamento osteopático, é obrigação do profissional apresentar-lhe outras alternativas e encaminhá-lo para outros especialistas se for o caso.

Três princípios em que se apoia a Osteopatia

Está relacionada com as disfunções do sistema músculo-esquelético e tem como principal foco o trabalho sobre as dores do corpo. Atua desta forma principalmente nos tecidos: ligamentar, muscular, tendinoso, articular, nervoso e fascial.

É a osteopatia estrutural, que se ocupa do aparelho músculo-esquelético e da postura, incide em toda a estrutura: osteotendinosa, muscular e fascial e que nos permite abordar numerosos problemas e desequilíbrios, harmonizando as estruturas do corpo humano.

Em todos os casos o osteopata realiza um diagnóstico osteopático que consiste em estabelecer quais as estruturas que estão bloqueadas ou em disfunção. sempre com o objetivo de devolver o movimento e a melhoria do estado de saúde geral do paciente.

Esta abordagem tem uma relação direta com o sistema neurovegetativo (controlo automático do corpo),com os nervos cranianos e a passagem das informações neurológicas por toda a extensão da coluna vertebral (o que chamamos de eixo central), até ao sistema nervoso central (cérebro, tronco cerebral e cerebelo).

Todos os sistemas reguladores do corpo dependem da integridade deste complexo sistema.

Os principais focos a serem tratados são: o sacro (pela relação com a dura-matér - mecanismo crânio-sacral), as fáscias presentes na base do crânio, a saída dos pares cranianos pelos forames cranianos e as aderências medulares.

Esta área da Osteopatia dá atenção especial ao bom funcionamento sistémico do corpo, ou seja, lida com as relações entre as vísceras, o sistema nervoso central e o sistema estrutural. Tem como principal foco de tratamento as alterações viscerais e sistémicas. As técnicas podem ser realizadas diretamente sobre as vísceras, sobre as fáscias que as sustentam ou através da estimulação e normalização dos centros simpáticos e parassimpáticos (sistema autónomo de controle do corpo). Na visão osteopática essas alterações viscerais podem ter origem simpática, parassimpática, hormonal ou por restrições ao nível dos tecidos.