Doenças articulares causam incapacidade, temporária ou não, em muitas pessoas e só no Reino Unido sabe-se que 206 dias de trabalho são perdidos anualmente devido a problemas relacionados com as articulações.
As articulações têm como função dar estabilidade às zonas da união entre os vários segmentos do esqueleto e permitir que exista mobilidade entre eles. As extremidades das estruturas ósseas estão ligadas através de articulações e são revestidas por uma camada de cartilagem que impede que o atrito actue directamente sobre as estruturas ósseas quando nos movimentamos, de modo a evitar o seu desgaste. Essa cartilagem tem uma espessura variável mas, em certas áreas, é apenas de uma fracção de milímetro.
Quando, pela idade, pela prática excessiva de exercício físico, excesso de peso ou por patologias degenerativas, ocorre o desgaste do tecido das articulações como é o cartilaginoso, aumenta o atrito entre os ossos e facilmente poderão surgir situações de dor, inchaço, rigidez e até perda de movimentos, provocada geralmente por inflamações.
A patologia degenerativa atinge fundamentalmente a cartilagem articular, é a osteoartrose, que ocorre como resultado do desgaste das articulações e, apesar de ser menos frequente em pessoas com menos de 40 anos – com excepção de casos de atletas de alta competição, é bastante frequente em pessoas com mais de 60 anos. A osteoartrose é a principal causa de invalidez no mundo.
Uma outra patologia relacionada com as articulações é a artrite reumatóide, uma doença autoimune que tipicamente afecta articulações menores como os pulsos e dedos.
Actualmente existem vários tratamentos médicos para controlar doenças osteo-articulares, no entanto, a maioria trata apenas os sintomas (anti-inflamatórios não-esteróides) ou desacelera o curso da doença (anti-reumáticos, por exemplo), tendo associados efeitos secundários, contudo, em situações mais graves, em que a degeneração articular atinge um estado grave (casos graves de artrite reumatóide e artrose destrutiva de articulações como a anca), o recurso à cirurgia poderá ser necessário.
Quer para a manutenção da saúde das articulações, quer para minimizar os sintomas de algumas patologias relacionadas com as mesmas são medidas importantes:
- A manutenção de um peso saudável. O aumento de 3 kg corresponde a 15 kg ou mais de pressão sobre as ancas e joelhos, comprimindo a cartilagem e o colagénio e assim desgastando o osso.
- A prática de exercício físico regular, que não só ajuda a manter a flexibilidade das articulações como também a reduzir a dor em pessoas com doenças relacionadas com as articulações. Modalidades aconselhadas para a manutenção da flexibilidade das articulações são o yoga, o pilates, a natação e a caminhada.
- Também é importante que a hidratação do organismo seja assegurada pois a água (entre 6 a 10 copos diários) mantém a capacidade de amortecimento das articulações.
- Uma alimentação vegetariana equilibrada, pobre em gorduras e rica em fibra, melhora a circulação nas articulações. A gordura provoca um espessamento do sangue e torna a circulação mais lenta.
- Em casos em que não se verifique osteoporose em fase avançada, o recurso à osteopatia poderá ser uma boa opção para reencontrar uma postura adequada e movimentos sem dor. Ajustando o equilíbrio interno e eliminando tensões, esta terapia visa uma harmonia holística do corpo, proporcionado bem-estar.
- A toma de suplementos alimentares que favorecem a protecção da articulação e/ou tenham uma acção anti-inflamatória sem os efeitos secundários associados aos fármacos, tem mostrado resultados benéficos para as articulações e tem sido cientificamente comprovada.