Prática manipulativa reduz mais a dor

A dor de pescoço é um problema muito comum, como o da coluna cervical,  é a parte mais flexível da coluna vertebral, com uma capacidade de mobilidade em múltiplas direções, o que também o torna mais vulnerável ao surgimento de lesões.

A dor de pescoço pode ser aguda ou crónica.

Dor aguda no pescoço - É em grande parte resultado de traumatismos que ocorrem devido a um acidente ou a um movimento brusco e repentino exercido no pescoço num movimento caracterizado por "golpe de chicote". O movimento súbito e brusco fere os ligamentos e os tecidos que o suportam.Os acidentes de carro (especialmente sendo atingido pela parte traseira) são a causa mais comum do "golpe de chicote", no entanto, este "golpe de chicote" também pode ocorrer num passeio de montanha-russa intensa, prática de esqui, acidente ou cair simplesmente de uma bicicleta.

Dor crónica no pescoço - Pode ser o resultado de uma degeneração da coluna vertebral ou de um estilo de vida. À medida que envelhecemos, estamos mais propensos a adquirir-mos doenças degenerativas, como espondilose cervical - patologia caracterizada pelo excessivo desgaste nas cartilagens e nos ossos do pescoço. À medida que envelhecemos, a elasticidade, a espessura da cartilagem vão amortecendo as vértebras e estas começam a quebrarem-se, o que pode colocar pressão sobre os raizes nervosas dessa região.

Manifestações Clínicas: Formigueiro, dor ou dormência na área afetada e restrição/ limitação de mobilidade articular.
A dor de pescoço também pode ser devido ao nosso estilo de vida moderno mais sedentário, em que má postura, um abdómen fraco e obesidade contribuem para o surgimento de desajustamentos articulares em todo o ráquis. O esforço exigido aos músculos eretores da coluna, responsáveis por manter a coluna reta, conduz ao aumento da tensão muscular e fadiga, e, eventualmente, à dor de pescoço.

Abordagem Osteopática tem provado ser útil no tratamento de dores de pescoço. Um estudo, publicado na revista Annals of Internal Medicine, descobriu que este tipo de tratamento reduz a dor no pescoço mais do que os medicamentos, como paracetamol, ibuprofeno ou mesmo narcóticos. Após 12 semanas, 57% dos do grupo de teste que foram submetidos a este tipo de tratamento relataram uma redução da dor de pelo menos 75%, ao passo que apenas 33% do grupo submetido a medicação apenas tinha a mesma resposta.